Relatório avalia descarbonização do setor dos transportes
A FROTA GLOBAL DE VEÍCULOS DE PASSAGEIROS será totalmente elétrica até 2050, com uma pequena percentagem de veículos a hidrogénio, maioritariamente impulsionada pela crescente competitividade dos veículos elétricos (VEs) e pela queda dos seus custos em relação aos veículos convencionais. Esta é uma das principais previsões do relatório “Low Emissions Scenario”, elaborado pela Statkraft, especialista europeia de energias renováveis.
De acordo com a análise todos os segmentos do setor dos transportes tornar-se-ão mais eficientes e necessitarão de menos energia para transportar bens e pessoas, o que, mostra o estudo, poderá ser alcançado através do uso de combustíveis promissores como o amoníaco para o transporte marítimo de longa distância e o e-metanol para a aviação, enquanto a eletrificação se afirma como a solução mais viável para rotas locais e regionais.
Ainda de acordo com “Low Emissions Scenario” a diversificação dos modelos disponíveis e o desenvolvimento contínuo da infraestrutura de carregamento estão a atrair um público mais amplo, facilitando a adoção de VEs. Apesar da gradual transição devido ao tempo de vida útil dos automóveis, a substituição dos veículos atuais por elétricos já está em curso, embora a dependência dos combustíveis fósseis no setor dos transportes ainda represente um desafio significativo. A Statkraft prevê que os transportes de longo curso, como os veículos pesados, possam incorporar soluções elétricas, híbridas e misturas biológicas.
O relatório salienta que ao mesmo tempo que continuamos a apostar na transição energética global, é fundamental manter e reforçar a adoção de soluções eficazes que permitam descarbonizar o setor dos transportes, de forma a alcançar os objetivos de redução de emissões e construir um futuro mais verde e equitativo para todos os setores.
João Schmidt, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Statkraft em Portugal, defende que “à medida que avançamos para um futuro mais sustentável, a eletrificação e o hidrogénio surgem como pilares fundamentais na transformação do setor dos transportes. No entanto, para que possamos alcançar a neutralidade carbónica, é necessário estarmos comprometidos em impulsionar esta transição, capacitando a mobilidade verde e reduzindo as emissões de carbono”.