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Economia da União Europeia cresce 67% e emissões diminuem um terço


O MAIS RECENTE Relatório sobre o Estado da União da Energia 2024 revela que as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) da União Europeia (UE) diminuíram 32,5%, entre 1990 e 2022, enquanto a sua economia cresceu cerca de 67% no mesmo período.

O documento salienta que a UE resistiu a riscos críticos à sua segurança de aprovisionamento energético, recuperou o controlo sobre o mercado e os preços da energia e acelerou a transição para a neutralidade climática. Destaca, também, os "progressos significativos" no domínio das energias renováveis, realçando que metade da produção de eletricidade da UE proveio de fontes renováveis no primeiro semestre deste ano. Neste período, a energia eólica ultrapassou o gás e tornou-se a segunda maior fonte de eletricidade da UE, atrás da energia nuclear.

De acordo com o relatório, a União Europeia criou, com sucesso, o quadro regulamentar e financeiro necessário para alcançar os seus objetivos em matéria de clima e energia para 2030, e lançar as bases para um crescimento económico e uma competitividade renovados.

Os analistas salientam que os preços da eletricidade e do gás diminuíram drasticamente em comparação com os picos registados em 2022. A nova legislação relativa ao mercado da energia, que incluiu a reforma da configuração do mercado da eletricidade da UE, permite que os mais vulneráveis estejam hoje melhor protegidos contra o corte de fornecimento. Por outro lado, “Em caso de crise dos preços do gás natural, os países da UE podem agora criar medidas para proteger os consumidores e garantir o acesso a energia a preços acessíveis e a serviços sociais essenciais", salientou a Comissão Europeia em comunicado. O documento revela também que a UE assegurou a diminuição da percentagem de importação de gás russo, de 45% em 2021, para 18% até junho de 2024. Entretanto, as importações provenientes da Noruega e dos Estados Unidos cresceram e a União Europeia atingiu o seu objetivo de 90% de armazenamento de gás no inverno em 19 de agosto de 2024, muito antes do prazo pré-estabelecido.