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ambiente | sustentabilidade

É preciso apostar mais na sustentabilidade das cidades

Hoje há cada vez mais pessoas a viver nas grandes zonas urbanas. Por isso, é necessário que elas se reinventem para se tornarem mais sustentáveis





Há 100 anos, apenas 10% da população mundial vivia nelas. Atualmente essa parcela eleva-se para 50% e deverá crescer para 75% até 2050. Hoje, as cidades com mais de 10 milhões de habitantes já concentram 10% da população mundial.

A cidade é o principal local onde são feitas as trocas comerciais, se concentram grandes e pequenos negócios, se realizam as interações culturais e sociais. Mas também é nela que se dá o crescimento urbano desenfreado, sem planeamento e à mercê da especulação imobiliária, e surgem os chamados bairros da lata. Com isto aparecem problemas sociais, como a pobreza, e ambientais como a poluição do ar e da água, devido à falta de investimentos em infraestruturas e saneamento. Por isso é fundamental, por exemplo, o apoio aos bairros mais carenciados, através da erradicação das áreas que ameaçam a atratividade, a competitividade, a coesão social e a segurança nas cidades.

Áreas metropolitanas crescem

Segundo dados da Unesco, o número de grandes áreas metropolitanas deverá crescer das 16 de 1996 para 25 em 2025, muitas delas fora dos países desenvolvidos. Ao mesmo tempo emergem novas configurações territoriais que resultam da sua união. É o que acontece, por exemplo, com a faixa que vai de Boston até Washington, passando por Nova Iorque, nos Estados Unidos, ou a que une São Paulo ao Rio de Janeiro no Brasil.

Hoje as cidades com mais de 10 milhões de habitantes já concentram 10% da população mundial

O desafio do desenvolvimento futuro está nas cidades, porque 2/3 do consumo mundial de energia e aproximadamente 75% de todos os resíduos gerados ocorrem nelas. Portanto, quando se pensa na resolução do problema das mudanças climáticas e do aquecimento global, é preciso pensar em sustentabilidade das cidades.

É nas grandes metrópoles do futuro que o mundo se precisa de reinventar. Nelas será necessário encontrar padrões mais justos e equilibrados de desenvolvimento. Mas a sua sustentabilidade não deve apenas ter em conta os desafios ambientais. Também deve integrar sociais e económicos que se reflitam em índices de desenvolvimento humano e pegadas ecológicas.

É necessário promover o desenvolvimento de infraestruturas urbanas mais sustentáveis

As cidades mais sustentáveis são compactas e densas. Por isso geram menor consumo de energia per capita do que aquelas que se espraiam por grandes zonas suburbanas de baixa densidade, em que a mobilidade individual é muito mais elevada. Por isso, à medida que o custo da degradação dos recursos naturais continua a elevar-se, é necessário promover o desenvolvimento de infraestruturas urbanas sustentáveis, que podem beneficiar o ambiente e proteger as cidades da instabilidade económica e social num século em que os recursos tendem a extinguir-se.

A ter em conta

Serviços prestados por ecossistemas, como lagos e pântanos, na prevenção de inundações, desempenham um papel crítico no desenvolvimento das cidades. A sua boa gestão é essencial.

Espera-se que o planeta Terra tenha mais três mil milhões de pessoas em 2050, a maior parte das quais a viver nas cidades asiáticas e africanas.

Cerca de 60% da construção necessária para suprir as necessidades das populações urbanas em 2050 ainda não foi feita.

O custo das infraestruturas urbanas nas cidades mundiais entre 2000 e 2030 está estimado em 40 mil milhões de euros, incluindo a construção de novas unidades, a maioria em países em desenvolvimento, e a recuperação das existentes, essencialmente nos países desenvolvidos.