Galp, o parceiro da mobilidade e da inovação
Nuno Bonneville, responsável de mobilidade elétrica da Galp
Com o ambicioso plano de instalar 10 mil pontos de carregamento elétrico na Península Ibérica, a Galp continua o seu caminho de inovação para responder à transformação do mercado e às necessidades dos clientes individuais e empresariais. Ser “o parceiro” da transição energética é uma das suas metas.
Quais as principais apostas da Galp em termos de serviços e produtos para a área da mobilidade e das frotas?
A Galp tem um enorme legado na mobilidade em Portugal. Contamos com a maior rede de abastecimento de combustíveis de todo o país e um total de 1200 postos em toda a Península Ibérica. E quando falamos em abastecimento não falamos só nos combustíveis fósseis, mas principalmente na jornada de transição energética que temos vindo a traçar e que irá culminar no objetivo de atingir a neutralidade carbónica até 2050.
Hoje contamos com uma rede de 2700 pontos de carregamento elétrico e com uma capacidade instalada de 45 MW. Além disso, estamos presentes com soluções de energia para os vários sectores de atividade, com uma oferta diversificada para o transporte rodoviário e ferroviário, marítimo e aéreo, nomeadamente através da incorporação dos biocombustíveis. Ajudamos as empresas na eletrificação da sua frota, com soluções de carregamento dentro das empresas, e ainda na gestão das frotas, com soluções que facilitam o dia a dia de quem anda na estrada, como os pagamentos digitais com o cartão Galp Frota Corporate, e também dos gestores, através do acesso ao portal Galp Frota, que permite o controlo de todas as operações numa única plataforma.
Como tem sido a recetividade das empresas ao cartão Frota e quais as mais-valias que este pode trazer ao negócio das empresas?
O cartão Galp Frota Corporate é um verdadeiro parceiro de mobilidade das empresas. Pensado para facilitar a gestão diária de quem depende da rodovia para trabalhar, integra agora vantagens para o abastecimento em combustíveis e para carregamentos elétricos, fomentando a transição energética. Esta funcionalidade permitirá, por exemplo, aos clientes Galp carregar um carro híbrido com o mesmo cartão. Isto surge como uma evolução natural do cartão, que até ao momento apenas se destinava a frotas movidas a combustível, mantendo os restantes serviços associados aos automobilistas – como o pagamento de portagens em toda a Península Ibérica, descontos nas lavagens no AdBlue e noutros produtos de loja.
Além disso, o cartão também possibilita, através da app Frotas Galp, fazer pagamentos num posto Galp mesmo que o utilizador não tenha consigo o cartão físico. Isto permite um salto digital na mobilidade das empresas. Porém, com os temas da segurança no topo da agenda, há um longo caminho a percorrer na sensibilização para a digitalização das equipas e para as vantagens destas soluções.
“A nossa prioridade é continuar ao lado da sociedade – e muito particularmente das empresas”
Algumas inovações previstas para este produto?
O facto de o cartão Galp Frota Corporate poder agora ser utilizado em carregamentos elétricos e com condições mais vantajosas para as empresas é uma das inovações, que tem em conta a crescente eletrificação das frotas empresariais. Este é um movimento em expansão e a Galp tem um longo historial de parceria com o segmento B2B para entregar novas e melhores formas de mobilidade. Por outro lado, os pagamentos digitais vêm reforçar a segurança para colaboradores e para empresas em toda a sua operação, uma vez que deixam de ser precisos pagamentos em dinheiro ou com cartão bancário.
As novas funcionalidades Galp Frota Corporate estão focadas na simplificação da logística associada à evolução da frota dos clientes. Além de deixar de ser necessário solicitar um novo cartão quando se adicionam veículos elétricos às frotas tradicionais, estamos a trabalhar numa experiência verdadeiramente digital e unificada que passa pela ativação, consulta e gestão das energias através do Portal Frotas. Toda a experiência digital está focada nas necessidades partilhadas pelos clientes, que cada vez mais solicitam o cartão híbrido.
Como é que a Galp se tem preparado para acompanhar a transformação que o ecossistema da mobilidade tem sofrido no mercado nacional?
Temos em curso um ambicioso plano para a instalação de 10 mil pontos de carregamento elétrico na Península Ibérica, antecipando as tendências do mercado, as necessidades dos condutores de veículos elétricos e marcando o ritmo dos nossos objetivos de descarbonização.
Para os sectores onde a eletrificação é mais difícil, como os transportes, temos feito um caminho no desenvolvimento de combustíveis de baixa intensidade carbónica, como os biocombustíveis e os combustíveis sintéticos. Como maiores utilizadores de hidrogénio no país, estaremos na linha da frente na criação das energias limpas do futuro com base no hidrogénio verde.
Continuamos a apoiar as empresas na eletrificação das suas frotas, dispondo de soluções de licenciamento, operação e manutenção de pontos de carregamento para espaços privados, de forma a fornecer às empresas não só a capacidade própria para gerirem livremente as suas frotas elétricas, mas também os meios para alcançarem mais rapidamente objetivos de sustentabilidade.
Por outro lado, olhamos para a cobertura nas empresas com muita atenção, porque as redes pública e privada (seja de acesso público ou não) têm de ser complementares. Nesse sentido, os pontos de carregamento dão suporte à eletrificação das frotas dos nossos clientes empresariais ao mesmo tempo que são complemento à rede pública de carregamento. Dois exemplos: em Portugal temos uma parceria com o IKEA que compreende mais de 200 pontos de carregamento nos parques de estacionamento das lojas. E, muito recentemente, fechámos com o Xanadu, de Madrid, (um dos maiores shoppings da Europa) a instalação de 100 pontos de carregamento, criando o maior hub de carregamento de Madrid e um dos maiores de Espanha.
Quais as vossas principais apostas para o mercado da mobilidade elétrica?
Além dos planos de eletrificação mencionados, que satisfazem as questões de autonomia e conectividade, tão importantes para quem adere à mobilidade elétrica, continuamos a oferecer soluções vantajosas de energia para todos os negócios, de forma que possam carregar os seus veículos dentro das instalações das empresas a preços mais baixos. As variações no preço da energia são um dos grandes desafios nos custos das empresas e esta é uma forma de contribuir para a sua competitividade.
"Temos em curso um ambicioso plano para a instalação de 10 mil pontos de carregamento elétrico na Península Ibérica"
Qual a estratégia da empresa para o alargamento da vossa rede de pontos de carregamento elétrico a nível nacional e ibérico?
A Agência Internacional de Energia estima que a procura de veículos elétricos aumente 35% este ano, para um total de 14 milhões de unidades vendidas em todo o mundo. Estes são números que não podemos ignorar. Desta forma, contamos chegar ao final de 2023 com 5000 pontos de carregamento elétrico instalados em Portugal e Espanha e com 10 mil pontos de carregamento até 2025 em toda a Península Ibérica. Assim, a estratégia ibérica de alargamento da rede Galp passa por antecipar as tendências do mercado e satisfazer as necessidades dos clientes.
Quais as inovações e investimentos prioritários da Galp para este ano para responder às necessidades das empresas que estão a mudar a sua forma de mobilidade?
A Galp não é apenas um parceiro para a mobilidade do país há décadas. É também um parceiro para a inovação. Em 2010, quando os veículos elétricos mal se viam no nosso país, inaugurámos o primeiro ponto de carregamento rápido numa autoestrada, na área de serviço da A5. Daí para cá, massificámos a aposta na eletrificação e multiplicámos o nosso investimento.
Todos os números e metas apresentados antes representam um plano de milhões de euros de investimento em inovação e infraestrutura das redes pública e privada, para que as famílias, as empresas e o país possam fazer o seu caminho para a descarbonização. A nossa prioridade é continuar ao lado da sociedade – e muito particularmente das empresas, a força motriz da nossa economia – e apoiá-la neste percurso, lembrando que a transição energética é um caminho, não é uma revolução.
Isso significa garantir a segurança de abastecimentos no presente, enquanto inovamos e criamos as energias verdes para a mobilidade sustentável do presente e do futuro.