Prologica: O BI é o primeiro passo para uma cultura value-driven
Diogo Reis, Administrador Executivo da Prologica
A saúde é o foco de intervenção da Prologica, empresa que desenvolve soluções tecnológicas de suporte à tomada de decisão para a geração de valor
Como é que a Prologica se posiciona na realidade dos sistemas de informação em Portugal?
A realidade aplicacional da saúde é de facto muito complexa e paradoxal. Se por um lado temos cada vez mais informação sobre os utentes e registos dos atos praticados, por outro lado temos ainda imensa dificuldade em cruzar e analisar essa informação para processos de análise, benchmarking ou melhoria da atividade clínica e/ou operacional. E isto é, sem dúvida, a nossa estrela polar, o que nos move e onde acreditamos que podemos fazer a diferença. É de vital importância para todos os agentes de saúde que se consiga dar vida e utilidade à informação registada historicamente e alimentada diariamente para processos de melhoria operacional e clínica. E a nossa plataforma MELIORA permite e potencia a resolução de tais necessidades.
Se a realidade aplicacional é tão vasta e diversa, como é que a plataforma MELIORA se diferencia e destaca de todos esses sistemas?
Quer através da sua base (um repositório de verdade único e transversal à organização, centrada no utente) quer através das funcionalidades que incorpora (Ex: monitorização, alarmística, Inteligência Artificial, pesquisa ad-hoc), a plataforma MELIORA é uma solução única e inovadora na realidade aplicacional vigente e um canal de transição para o novo futuro de medicina baseada na evidência dos dados, na ponta dos dedos de todos os agentes, em tempo real.
Hoje, o MELIORA oferece uma capacidade de integração ímpar com todos os sistemas numa única realidade, de forma correlacionada e interligada, usando sempre que possível standards de interoperabilidade internacionais.
A partir da plataforma MELIORA, importa também referir que, qualquer hospital pode suprir as suas necessidades de Business Intelligence, sejam necessidades holísticas ou departamentais para áreas como: Contrato-Programa, Infeções, atividade assistencial, Urgências, SICA, Imagiologia. Através da arquitetura nativa e flexível que desenvolvemos, várias são as possibilidades de customização para monitorização dos dados hospitalares. Por exemplo, analisar o percurso do utente, os seus resultados, intercorrências e custos inerentes ao seu ciclo de cuidados num único dashboard, de forma rápida e intuitiva, é um desafio que estamos já a endereçar através da plataforma MELIORA, o que permite uma análise e gestão de forma muito holística, focada e diferenciadora do que a abordagem tradicional, tendo por base os princípios da saúde baseada em valor (Value-Based Healthcare).
Que novas oportunidades e paradigmas permite esta nova realidade que vocês preconizam?
Ao integrarmos com todos os sistemas e criarmos a tal fonte de verdade transversal a partir da qual todo o MELIORA assenta, várias são as oportunidades ao nível da gestão clínica e operacional, centrada no utente.
Tendo esta informação e detalhe disponível, e recorrendo a tecnologias de Inteligência Artificial, o próximo passo é começar a antecipar cenários e situações futuras. Por exemplo, neste momento já existem projetos de previsão e simulação que estamos a implementar, cujo propósito é alertar os profissionais, em tempo útil, respondendo a perguntas como: de todos os doentes internados no hospital e considerando a especialidade do profissional, quem é o doente que carece de maior atenção e que tem maior risco de deterioração do seu estado de saúde? O que está a influenciar essa situação? E quais são as medidas que devemos adotar para prevenir estas situações de crise?
Outro exemplo atual: quantos utentes entrarão amanhã, por hora, no serviço de urgência? Qual será o meu tempo de resposta tendo em conta os recursos disponíveis (profissionais, estrutura e equipamento)? E qual seria o impacto na minha capacidade de resposta se alterássemos alguns dos recursos (Ex: Alocar mais um profissional à equipa)? Este tipo de projetos tem por base a utilização de Inteligência Artificial aplicada aos dados permitindo, como facilmente se percebe, uma nova realidade a todo o sistema de saúde em Portugal.