Foco na inovação
Carlos Ribas, representante do Grupo Bosch em Portugal
Investigação e desenvolvimento é uma das grandes apostas da Bosch, empresa que mantém o foco na inovação, na qualidade das equipas e na dinamização da economia nacional.
Onegócio em Portugal cresceu cerca de 50% desde 2016, e isso trouxe-nos vantagens, mas também alguns desafios. 2019 é, por isso, um momento de consolidação. Se em 2018 a Bosch investiu 111 milhões de euros no nosso país, com foco nos centros de I&D e na expansão da fábrica em Braga, em 2019 está planeada a alocação de cerca de 80 milhões de euros, para dar continuidade à expansão das instalações.” É desta forma que Carlos Ribas, representante do Grupo Bosch em Portugal, analisa a performance e os investimentos da empresa alemã no mercado nacional. No último ano, segundo este responsável, as principais apostas empresariais estiveram focadas, sobretudo, na investigação e desenvolvimento (I&D), e atualmente a empresa tem uma equipa de cerca de 750 engenheiros a trabalhar na criação de soluções inovadoras. “Em 2018 inaugurámos um novo centro de I&D em Braga, com capacidade para mais de 200 investigadores, dedicado sobretudo ao desenvolvimento de soluções para a condução autónoma”, explica.
Tecnologia na linha da frente
Estas equipas dão o seu contributo para tecnologias como o Car2X, que permite a comunicação entre veículos, infraestruturas e pessoas, ou o sensor de posicionamento exato do veículo. Já este ano inaugurou um laboratório de testes que vai permitir validar os dispositivos desenvolvidos para a condução autónoma.
A par desta vertente, a organização iniciou também um novo ciclo de parcerias com as universidades portuguesas, centrado na investigação nas áreas da mobilidade, cidades inteligentes e indústria conectada.
Quanto às áreas de desenvolvimento do Grupo mais importantes no mercado nacional, Carlos Ribas lembra que a Bosch Portugal beneficia do facto de trabalhar várias áreas de negócio estratégicas. “Desenvolvemos e produzimos tecnologia para a mobilidade conectada e autónoma, cidades e casas inteligentes. Em 2018, a área de soluções de mobilidade correspondeu a 67% do volume total de vendas em Portugal, enquanto a área de energia e tecnologia de edifícios gerou 26% e a de bens de consumo cerca de 7%”, destaca.
Impacto económico
Não será de estranhar o papel relevante que a organização tem na economia nacional, quer ao nível das exportações quer da empregabilidade. “Somos um dos maiores empregadores do país, com cerca de 5500 colaboradores, e em 2018 criámos 850 novos postos de trabalho”, assegura Carlos Ribas. Por outro lado, lembra ainda que a Bosch tem vindo a apostar numa relação cada vez mais próxima com a academia através de projetos de inovação com as Universidades de Aveiro, de Braga e do Porto. “Cerca de 100 milhões de euros já foram investidos e centenas de pessoas estão envolvidas nas novas fases de investigação relacionadas com a mobilidade do futuro, as cidades e as casas inteligentes, seguras e amigas do ambiente. Estamos ainda a contribuir, através do Clube de Fornecedores, para o aumento da competitividade das empresas portuguesas no mercado global”, afirma.
As atividades desenvolvidas pela Bosch Portugal servem principalmente o mercado externo. “Em 2018, atingimos 1,7 mil milhões de euros em vendas totais e consolidámos a nossa posição enquanto um dos maiores exportadores portugueses, canalizando mais de 95% da produção para o mercado europeu.”
Na sua estratégia de desenvolvimento, a organização tem estado atenta ao trabalho realizado por novos projetos e apostado em start-ups, concretamente nas áreas de condução autónoma e elétrica, eficiência energética e sistemas de saúde. Essa aposta também passa por Portugal, onde o grupo estabeleceu uma parceria com a Veniam, que cria redes de veículos ligados entre si via cloud e recolhe dados para aumentar o nível de conhecimento dos veículos autónomos, preparando o futuro baseado na condução livre de acidentes e de emissões poluentes.