Qualificar para os mercados de língua alemã

Moritz Koppensteiner, fundador da KOPPtec

Este é o lema da KOPPtec, uma empresa criada em 2013 e que se dedica a apoiar as empresas que querem apostar nos mercados de língua alemã.

Colocar os clientes, os portugueses e os alemães, em contacto e aconselhar e promover negócios é o trabalho que a KOPPtec tem assumido nos últimos seis anos, fruto da experiência profissional do seu fundador, o alemão Moritz Koppensteiner, que há 25 anos escolheu Portugal para viver. “O que oferecemos aos parceiros em Portugal, além do acesso facilitado ao mercado alemão, são os conhecimentos ao nível da melhoria contínua dos processos para aumentar a qualificação para esse mercado. A nossa presença facilita na questão da língua, das especificações técnicas, na gestão de processos, sem esquecer os aspetos culturais”, afirma.

Os pilares de atuação

Consulting, coaching e trading são os pilares base da atuação da KOPPtec. Atua internacionalmente como consultor de grandes fornecedores da indústria automóvel e trabalha localmente com PME das mais variadas áreas industriais, do setor mobiliário à indústria automóvel. As mais-valias que a empresa pode trazer às firmas que se querem internacionalizar para os mercados de língua alemã são múltiplas, assegura o seu fundador. A começar pela informação, pelo acesso que possibilita “tanto pelo network existente, como pela facilidade de abertura de portas”, pela consultadoria estratégica sobre como abordar o mercado e com que produtos, e consultadoria técnica no que toca a melhoria de processos internos, produtividade, gestão de qualidade ou redução de custos, sempre focado no mais importante, a qualificação dos recursos humanos.

Já com uma pequena equipa em Portugal e na Alemanha, a KOPPtec planeia passo a passo aumentar o staff no mercado nacional (e no futuro na Alemanha) para dar ainda maior ênfase à qualificação e internacionalização das empresas portuguesas.

O consultor recomenda…

Moritz Koppensteiner conhece bem, fruto da atividade da KOPPtec e das experiências profissionais anteriores, as dificuldades das organizações nacionais para entrarem no mercado alemão. Por isso começa por lembrar a exigência técnica e comercial do cliente alemão, frisando também a concorrência dos países da Europa de Leste, bem como os custos de transporte. Estratégia e paciência são aspetos que considera de extrema importância, devido às características culturais do mercado alemão. Ou seja, “é preciso paciência, não olhar tanto para a margem de lucro imediata mas mais para o elemento estratégico. Custa entrar no mercado, mas quem tem um cliente alemão tem um cliente para sempre”, assegura.

Alerta, assim, para a importância de as empresas portuguesas olharem para a Alemanha como um elemento estratégico de médio e longo prazo. Recorrendo a uma metáfora desportiva, explica que o mercado alemão é como subir os Himalaias – é preciso muito planeamento e uma boa forma física. Tem de ser passo a passo, saber onde estamos e para onde queremos ir. É mesmo só para os bons, é duro, demorado e necessita de resiliência. A recompensa é chegar ao topo. Por isso, para quem quer entrar no mercado alemão, sugere a deliberação profunda antes de dar qualquer passo. Isto é, “os empresários devem avançar numa ótica de quererem desenvolver uma empresa de excelência, uma empresa que quer ficar. Têm de investir algum tempo na preparação, estarem presentes em feiras, visitarem clientes, darem o melhor preço, serem um fornecedor cumpridor e terem vontade de estar sempre a melhorar. As empresas têm de estar preparadas para essa luta, porque é um mercado exigente”.

Isto sem esquecer outro aspeto fundamental: transparência e clareza na comunicação. “O alemão não perde tempo com ‘jogos’ para fazer um negócio. É preciso ser muito transparente, porque se há mudanças na mensagem transmitida sem razão aparente, o alemão acha que isso não é sério e perde a confiança. Agora se a confiança se estabelece, o alemão agradece com anos de encomendas”, explica o fundador da KOPPtec.