A ascensão do comércio eletrónico no Médio Oriente
O MÉDIO ORIENTE está a ter um crescimento significativo do comércio eletrónico B2C, principalmente ao nível das compras online, tendência acelerada durante a pandemia. Foi uma evolução que não alterou apenas a maneira como as pessoas compram, mas também está a revolucionar o sector comercial do Médio Oriente. Um dos fatores que parece estar a contribuir para isso é a percentagem de população jovem da região, que se sente cada vez mais confortável no uso das tecnologias digitais. Além disso, também tem aumentado e melhorado a penetração da internet nesta zona do planeta.
Segundo o blogue Fagen Wasanni, especialista em inteligência digital, os governos da região têm tido um papel fundamental nesta transformação digital, ao implementarem políticas e iniciativas destinadas a promover uma economia cada vez mais nesse sentido, como a Visão 2021 dos Emirados Árabes Unidos e a Visão 2030 da Arábia Saudita. Não contribuíram apenas para o crescimento do comércio eletrónico, como também facilitaram o desenvolvimento de uma infraestrutura digital robusta.
A ascensão do comércio eletrónico B2C também foi alimentada pela entrada de gigantes globais do comércio eletrónico, como Amazon e Alibaba, presença que intensificou a concorrência e contribuiu para a melhoria dos serviços e a diversidade de opções para os consumidores. Em simultâneo, plataformas de comércio eletrónico locais, como a Souq, Noon e Namshi, também deram passos significativos, oferecendo mais produtos adaptados aos gostos dos locais.
A ascensão do comércio eletrónico B2C no Oriente Médio é reflexo da mudança no comportamento do consumidor, do papel proativo dos governos e dos movimentos estratégicos das empresas. Embora os desafios permaneçam, a trajetória do comércio eletrónico na região é, sem dúvida, ascendente.