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transformação digital | ABERTURA

Uma evolução inteligente para criar valor

A transformação digital incentiva a procura de inovação, a experimentação, o desafio constante ao statu quo

Texto: José Miguel Dentinho



As empresas que atuam em sectores que vão desde os nichos de mercado aos de grande consumo estão a procurar usar a transformação digital para automatizar os seus sistemas, aumentar a sua eficácia e eficiência, poupar dinheiro, impulsionar a inovação e expandir os seus negócios. Trata-se, afinal, de uma oportunidade para as organizações otimizarem processos, aumentarem as receitas e manterem-se competitivas nos mercados onde atuam. Não é apenas uma tendência. É também uma garantia de sobrevivência num mercado global onde estão sempre a surgir novos desafios. Por isso precisam de alinhar as suas estratégias e olhar para as soluções tecnológicas como uma alavanca para os seus negócios criarem vantagens competitivas.

Mudança cultural

Mas é preciso salientar que a transformação digital implica a mudança cultural, organizacional e operacional de empresas, grupos ou sectores da economia. E que isso deve ser feito através da integração inteligente de processos, competências e tecnologias digitais.

Em princípio, deverá decorrer de forma faseada em todos os níveis e funções das empresas. E não diz respeito apenas a disrupção, tecnologia e inovação; é muito mais do que isso. É uma evolução inteligente orientada para as pessoas, um processo de adaptação e otimização que gira em torno destas para criar valor.

O processo não começou a decorrer agora, já estava a crescer, mas disparou devido à pandemia causada pela covid-19, tal como aconteceu com o número de organizações a investir em tecnologia. E foi muito mais do que encontrar formas de os colaboradores de cada empresa ou instituição conseguirem comunicar de forma fluida e fácil através dos meios digitais. Foi também identificar e implementar sistemas para tornar os processos burocráticos mais simples e eficientes. São muitas vezes morosos, porque dependentes de patamares de aprovação físicos e diversificados entre pessoas que nem coabitam nos mesmos edifícios.

Desenvolvimento de capacidades

Se considerarmos que a crise exigiu que as equipas de muitas instituições museológicas assumissem responsabilidades por processos digitais sem terem sido treinadas para isso, verifica-se, desde logo, que há uma necessidade emergente de instituições culturais, como os museus, serem capazes de desenvolver essas capacidades. O mesmo acontece provavelmente com muitas empresas dos sectores primário, industrial e dos serviços.

Embora a aceleração da transformação digital seja evidente e, com isso, cresça a necessidade de haver mais alfabetização digital e de melhoria das capacidades das pessoas de empresas e instituições para que possam ser incorporadas mais práticas digitais, nem sempre será simples definir o que tem de ser feito e a forma como poderá ser feito caso a caso, ou seja, empresa a empresa, equipa a equipa, pessoa a pessoa, para que cada organização consiga, com a sua transformação digital, atingir os objetivos pretendidos.

Com novas tecnologias surgem coisas novas e inovadoras outras formas de fazer. A transformação digital não é apenas uma tendência, é uma realidade cada vez mais atual, que está a mudar a forma como os negócios são feitos e, em alguns casos, a ajudar a criar novas áreas de negócio. Está a fazer com que as empresas deem um passo atrás para analisar tudo o que fazem, desde os processos internos até à forma como interagem com fornecedores e clientes, na procura de mudar métodos para tomarem melhores decisões, mais eficientes, e poderem construir, entre outros, uma experiência do cliente mais personalizada e melhor estruturada.


Criação de valor

Mas para se prestar um bom serviço é necessário conhecer os gostos e necessidades de cada um dos clientes e estar preparado para antecipar ou responder rapidamente às suas solicitações e anseios, proporcionando-lhe a melhor experiência possível no seu relacionamento com a empresa. Isto significa, por exemplo, que uma estratégia de comunicação digital sólida envolve muito mais do que adicionar conteúdos online. Precisa de ter em conta a forma como nos queremos relacionar com os outros e depende das nossas capacidades digitais para escolher, por exemplo, quais as plataformas que iremos usar.

Hoje podemos dizer que existiu um mundo antes da pandemia de covid-19 e está a ser construído um outro, ao nível do ambiente, da saúde, da forma como se encara o trabalho e se trabalha. O confinamento de muitas pessoas em todos os países do mundo fez despertar ainda mais em cada um de nós e nas empresas a necessidade de transformação digital. É uma evolução inteligente orientada para as pessoas, um processo de adaptação e otimização que gira em torno destas para criar valor? É a isso que este especial da EXAME procura responder, contando histórias sobre o que está a acontecer em organizações dos diversos sectores da economia, sentindo quais são as suas necessidades e os caminhos que estão a percorrer ou pretendem tomar em direção ao futuro.