Conferências online reduzem pegada de carbono
UM ESTUDO PUBLICADO NA NATURE COMMUNICATIONS defende que a manutenção das conferências em formato virtual ou híbrido pode contribuir para mitigar as mudanças climáticas.
Um estudo da Oxford Economics revela que os eventos de negócios envolveram, em 2017, 1,5 mil milhões de participantes de 180 países, gastos na ordem dos 2,5 biliões de dólares e geraram 26 milhões de empregos. Antes do início da pandemia, a indústria global de conferências contribuía com 0,138 a 5,31 mil milhões de toneladas de emissões de CO2 por ano, o mesmo que a emissão anual de gases de efeito estufa de todos os Estados Unidos, diz Fengqi You, coautor do estudo publicado na Nature Communications e professor de Engenharia de Sistemas da Universidade de Cornell. De acordo com este trabalho, mudar as conferências de salas de reunião para plataformas online pode reduzir a pegada de carbono em 94% e o uso de energia em 90%. O pouco que ainda é emitido durante as conferências virtuais deriva de coisas como o consumo de eletricidade em casa, embora isso constitua apenas uma fração do que é emitido durante um evento presencial completo.
O estudo também revela que um sistema híbrido pode reduzir a pegada de carbono e o uso de energia de uma conferência em dois terços, mantendo mais de 50% de participação presencial. Os organizadores deste tipo de eventos podem ajudar a reduzir a sua pegada de carbono e a energia consumida escolhendo um hub que possibilite aos participantes fazerem viagens curtas ou optando por servir apenas alimentos à base de plantas, sugerem os autores.