Tudo o que precisa de saber para começar a rentabilizar as poupanças
As opções para por o dinheiro a trabalhar em seu benefício são cada vez mais diversas. Dos produtos mais tradicionais e de baixo risco, às ferramentas digitais que permitem investir em mercados onde antes não teria acesso facilitado, eis o que deve ter conta antes de decidir
Para que não tenha dúvidas sobre as vantagens e desvantagens de cada produto de investimento, fique com um breve guia para avaliar qual ou quais os produtos que mais se adequam ao seu perfil de investidor. Não se esqueça, porém, que deve evitar ‘colocar todos os ovos no mesmo cesto’. Ou seja, quanto mais diversificar as suas aplicações, menor será o risco.
Obrigações
São títulos de dívida que funcionam como um instrumento financeiro. São emitidos por uma entidade que pede um empréstimo aos investidores e que, no final de um prazo previamente acordado, devolve o montante investido, acrescido dos juros predeterminados. Normalmente são investimentos com diferentes prazos, que podem ir de um a 10 anos, e estar ou não indexados à Euribor ou a qualquer outro indexante.
Previsibilidade quando as obrigações têm taxa fixa, transparência através da informação divulgada pelas agências de notação financeira, diversidade adequada a todos os tipos de perfis de investimento.
Oscilação da taxa de juro quando variável; capacidade de reembolso da entidade emitente; falta de liquidez na eventualidade de necessitar de desfazer-se das obrigações antes do período contratado.
Fundos de Investimento
São instrumentos de poupança coletiva que reúnem dinheiro de diferentes investidores para aplicação em diferentes classes de ativos – ações, obrigações, matérias-primas, imobiliário, entre outros. Existem fundos de tipos distintos, com diferentes objetivos, prazos e perfis de risco.
Rendibilidade superior às atuais taxas de juro, a médio prazo; investimento a partir de 100€, com possibilidade de entregas programadas; diversificação e acesso a mercados que não seria possível se investisse diretamente em cada empresa.
Custo de gestão mais elevado do que nos ETF; menor ritmo de negociação; sem capital garantido; risco cambial.
Ações
Com vista a financiar um aumento de capital ou qualquer outra necessidade de investimento, as ações são uma das formas das empresas conseguirem angariar um determinado valor, trocando o mesmo por pequenas parcelas do negócio. Através de bancos ou corretoras, os investidores adquirem um determinado conjunto de ações, com o objetivo de multiplicarem o valor investido. O preço sobe quando há muita procura, e desce em momentos de menor procura.
Rendibilidade gerada pelos bons resultados da empresa.
Incerteza associada às operações da empresa; risco cambial quando a empresa detém operações noutras moedas; riscos políticos e económicos do mercado onde atua.
ETF
Os ETF (Exchange Traded Fund) são fundos de investimento negociados na bolsa de valores, geridos de forma passiva, e que seguem um pré-definido cabaz de ativos (ações, obrigações ou matérias-primas - ouro, petróleo, gás natural, etc..).
Facilidade, diversificação, custos reduzidos (é possível investir sem comissões ou com despesas baixas), rentabilidade interessante.
Gestão passiva que não permite antecipar movimentações do mercado; volatilidade do mercado.
Criptoativos
Suportados por tecnologia Blockchain, que garante que a informação guardada não pode ser adulterada. Podem ser criptomoeda (Bitcoin e Ethereum são as mais conhecidas) ou NFT (non-fungible tokens – ativos digitais exclusivos, semelhantes a obras de arte). Ao adquirir recebe um certificado digital de propriedade.
Rapidez da transação, custo reduzido, privacidade, criação de novas moedas com ligação a ativos ou a disponibilidade permanente do sistema.
Volatilidade, reduzida oferta de bens e serviços que aceitam estes ativos como pagamento, potenciais ataques criminosos, lavagem de dinheiro, ou financiamento de atividades criminosas.