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poupança e investimento | abertura

Poupar mais, para investir melhor

Gerir as finanças pessoais de forma inteligente, tirando o melhor partido possível da aplicação das poupanças é essencial para garantir uma vida e uma economia mais equilibrada





Os aforradores nacionais são tendencialmente conservadores e com pouca apetência pelo risco. A poupança a prazo, através de depósitos tradicionais, ainda representa mais de metade do valor total aplicado pelos portugueses que, na maior parte dos casos, escolhe este tipo de produtos em nome da segurança. O medo de perder o dinheiro que foi possível amealhar empurra muitos para um ‘pé-de-meia’ com pouca ou nenhuma rentabilidade. Enquanto as taxas de juro do crédito habitação se mantiveram em níveis próximos de zero, as instituições financeiras ofereciam igualmente taxas muito baixas nos depósitos a prazo. Atualmente, verifica-se uma ligeira subida – um pouco para compensar a subida das taxas Euribor desde 2022 -, sem, no entanto, ultrapassar genericamente os 3%.

Outro produto muito procurado pelos portugueses foi, durante vários anos, os Certificados de Aforro, mas, desde 2023 este produto perdeu algum interesse junto de quem procura alternativas de poupança. Neste caso, a taxa de juro ronda atualmente os 3%, mas depois de retirados os impostos, acabam por ter uma rentabilidade pouco significativa.

O medo e o desconhecimento continuam a ser fatores que intimidam o aforrador nacional, mas é preciso ultrapassar estes obstáculos e olhar para outros produtos de poupança que podem ser mais atrativos e rentáveis. Existem igualmente aforradores que não olham para a poupança como uma prioridade, e outros ainda que entendem que são demasiado jovens para se preocuparem com o tema.

Mas, para que a mudança de mentalidade possa acontecer, é fundamental garantir que todos têm acesso a informação relevante sobre o tema. A literacia financeira é essencial para operar esta transformação e, dizem os especialistas, deve começar desde a mais tenra idade, nos primeiros anos de escola.

O que deve ter em conta para criar uma poupança e rentabilizá-la.

Não é uma ciência exata, e cada pessoa tem o seu perfil, contudo, há dicas que ajudam a preparar melhor a poupança, para que possa rentabilizá-la e investir em produtos mais adequados aos objetivos de curto, médio e longo prazo.

Portugueses ainda preferem depósitos a prazo e certificados de aforro para as suas poupanças

1. Diagnóstico

Contabilizar todas as receitas mensais e todas as despesas ajuda a perceber o que sobra para colocar de lado, mas também para analisar cuidadosamente onde é possível reduzir custos para arrecadar mais para a poupança.

Verificar, entre as despesas, quais são aquelas que não é possível evitar, mas, mesmo nestas, por vezes é possível tomar medidas para melhorar a situação. Por exemplo, no caso de ter crédito habitação é importante que regularmente faça comparações, peça simulações a outros bancos e verifique se consegue melhores condições. Também pode negociar o pacote de televisão.

2. Planeamento

Para poupar não basta guardar o ‘excedente’ mensal e deixá-lo numa conta poupança. Ao longo da vida existem diferentes necessidades, em períodos distintos, pelo que é recomendado que sejam avaliadas a curto, médio e longo prazo.

Antes de mais, é essencial que seja criada a chamada ‘almofada financeira’. Ou seja, aquele dinheiro que pode ser necessário numa qualquer urgência ou despesa inesperada. Recomendam os especialistas que este primeiro ‘pé-de-meia’ some o equivalente às despesas de entre 6 e 12 meses.

Cumprido o primeiro objetivo, deve passar-se à fase seguinte: as necessidades de médio prazo – compra de casa, estudos dos filhos, obras, viagens, entre outras. Este ‘mealheiro’ deve, contudo, ser pensado com a devida antecedência.

Num horizonte temporal mais longo, a poupança para a reforma é também um tema a ter em consideração, quanto mais cedo possível. Garantir que, terminado o período da vida em que os rendimentos provêm do trabalho, é possível manter o nível de vida e fazer face às despesas do dia-a-dia, mas também de saúde e outras, é essencial. A maior longevidade e esperança média de vida tornam ainda mais importante este desafio, que deve ser pensado e iniciado assim que se inicia a vida profissional.

Fazer um diagnóstico das despesas, planear e, por fim, executar são passos essenciais para constituir uma boa poupança

3. Execução

Este é um elemento muito importante no processo de investimento. Ou seja, escolher onde aplicar as poupanças é determinante para garantir a rentabilidade. Este processo de decisão deve ser apoiado por especialistas, mas, é igualmente importante ter algum conhecimento prévio de possíveis soluções.

A diversificação do risco é também um dos fatores a ter em conta antes de investir. Quanto mais longo é o prazo, maior pode ser o risco a assumir. Adicionalmente, recomenda-se muita serenidade e disciplina, evitando as tentações de usar a poupança para propósitos que não os previamente estabelecidos.

Se a aposta for num Plano Poupança Reforma (PPR) e, portanto, a longo prazo, a aposta deverá conter maior risco até 35 anos para, posteriormente, investir de forma mais prudente.