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especial PME | entrevista

Orcopom quer estar entre as melhores do mercado europeu

Pedro Araújo, diretor-geral da Orcopom

Em 2004, o Grupo Orcopom, com a criação da sua empresa de uniformes, apostou forte na criação de soluções de vestuário de trabalho e equipamento de proteção individual (EPI) para os mais exigentes sectores de atividade, garantindo imagem, funcionalidade e proteção



Qual a atual proposta de valor da Orcopom?

Acreditamos vivamente que o elevado nível de serviço, agregado ao fornecimento dos nossos produtos, é o maior fator diferenciador da nossa oferta. Como serviço de valor acrescentado, destaco o elevado conhecimento técnico de produtos, que permite orientar o cliente na “compra acertada”; uma oferta alargada para equipar dos pés à cabeça – one stop shop; rapidez nas entregas através de elevados níveis de stock de produto acabado e automatização de processos de produção de uniformes personalizados; desenvolvimento de projetos de imagem corporativa e respetiva confeção de raiz, e serviço de entregas global, com sistemas logísticos personalizados, adaptados à necessidade dos clientes.

Quais são atualmente os produtos mais importantes da empresa?

Já há alguns anos que a Orcopom se tem especializado e destacado como líder de mercado nacional no fornecimento de vestuário técnico de proteção, com especial destaque no fardamento ignífugo e com proteção de riscos elétricos, que se destina especialmente a equipar os sectores da energia e petroquímica. A nossa coleção de marca própria Force@work® (vestuário industrial multinormas) tem vindo a ganhar cada vez mais peso nas vendas, sendo grande impulsionador da nossa expansão internacional.

Em que mercados está focada a vossa aposta empresarial? Nacional, internacional?

Numa fase inicial, o nosso projeto dos uniformes dedicou-se ao desenvolvimento do mercado nacional e rapidamente nos tornámos numa referência, contribuindo ativamente para o desenvolvimento da mentalidade do uniforme e da proteção laboral no nosso país. Produzíamos sob encomenda, complementada com uma distribuição multimarca, sendo que a expansão internacional só aconteceu após o desenvolvimento de marcas próprias, 100% de produção nacional. Atualmente, exportamos para mais de 20 países, em quatro continentes, sendo que o nosso foco não é um mercado geográfico específico, mas sim mercados onde os clientes multinacionais requerem a qualidade dos nossos produtos e principalmente do serviço de valor acrescentado.

Tem sido difícil para a Orcopom ultrapassar este período de pandemia?

Extremamente difícil! De um dia para o outro, deparamo-nos com quebras de encomendas na ordem dos 70%, sendo estas substituídas por uma corrida desenfreada aos EPI de proteção contra a Covid. Apesar da elevada procura, não havia, e continua a não haver, produto para entrega. Estima-se que atualmente a procura de certos EPI Covid seja cerca de 400% superior à capacidade mundial de produção, o que provoca aumentos de preço absurdos e uma incerteza diária nos mercados, que continuam a comportar-se como uma “bolsa de valores” muito volátil.

Quais os vossos objetivos para os próximos anos?

A nível nacional, estamos a targetizar empresas de maior dimensão em todas as áreas de atividade. Outra das nossas metas é fazer da Orcopom um fornecedor de referência de vestuário de trabalho e EPI no mercado europeu para os sectores da energia e petroquímica.